10/05/2023 às 17h02min - Atualizada em 10/05/2023 às 17h02min

Tebet diz que inflação ficará abaixo do esperado mas que é difícil reduzir os juros sem equilíbrio fiscal | É Fato Notícia

Simone Tebet alertou, no entanto, que será difícil reduzir a taxa de juros sem equilibrar despesas e receitas públicas.

Floriano Filho
Da Rádio Senado

Da Rádio Senado

BRASIL - Em audiência conjunta das Comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou que o Brasil arrecada muito, mas os gastos não são eficientes. Segundo ela, o caminho para melhorar essa situação seria planejar melhor, avaliar as políticas públicas, corrigindo o que não está funcionando. Também defendeu a aprovação da reforma tributária e do arcabouço fiscal. Simone Tebet afirmou que os brasileiros terão uma surpresa com a inflação de abril, que ficará abaixo da estimativa inicial do governo. Em tese, isso poderia ser um argumento para o Banco Central reduzir a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Em março, o IPCA já havia desacelerado, ficando em 0,71%. Mas a ministra ponderou que enquanto a situação fiscal não se estabilizar, é difícil reduzir a taxa de juros. 
 

Enquanto nós não estabilizarmos a dívida ou não sinalizarmos nesse sentido com o arcabouço fiscal, nós não conseguimos baixar os juros no Brasil. Se não baixar os juros, nós não temos condições de crescer, o setor produtivo não consegue pegar empréstimo com um juros de 13,75 e, consequentemente, não consegue abrir mais portas e nem gerar emprego e renda.
 

O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, perguntou à ministra sobre possíveis novos empréstimos à Argentina. Ele se mostrou preocupado com a situação econômica do país vizinho e com a real possibilidade de o governo argentino honrar os compromissos financeiros.
 

Não é uma afronta ao povo brasileiro e ao Tesouro Nacional que nós emprestemos algum centavo a países que, acima de tudo, são devedores e não honraram os seus compromissos com a nossa pátria amada, Brasil?
 

A ministra do Planejamento esclareceu que qualquer empréstimo para países teria que ser coerente e respeitar os limites fiscais do Brasil. Uma alternativa, segundo ela, seria avaliar garantias para empresários brasileiros que queiram investir no exterior.

 


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