PARINTINS -Parintins vai ganhar dez novos murais em nova edição do projeto “Galeria Cidade Aberta”, iniciado em 2022. Na ocasião, a iniciativa buscava ampliar, para além do Bumbódromo – onde acontece todos os anos o Festival Folclórico de Parintins – as atividades culturais, ajudando assim a formatar um circuito cultural na ilha.
O governador Wilson Lima ressalta que o projeto dá mais visibilidade ao talento dos artistas da Ilha Tupinambarana. “Parintins tem um potencial enorme para as artes e o que nós estamos fazendo é dar condições para que os visitantes conheçam toda essa capacidade do artista parintinense. Durante o Festival, o Governo amplia a visibilidade desses talentos para quem visita a Ilha”, afirma o governador.
A receptividade dos murais foi enorme por parte da população e dos turistas que transitam pela cidade, não apenas durante a festa dos Bumbás, mas também ao longo dos outros meses do ano. Além de revitalizar espaços antes maltratados, a iniciativa também se tornou uma vitrine para vários talentos locais, alguns ainda jovens e outros já bastante experientes com o grafite e o muralismo.
Na temporada de 2023, está prevista a revitalização de outros 10 muros, além de seis novos projetos artísticos. A proposta, apoiada pela Coca-Cola Brasil, visa a transformar a cidade em uma galeria a céu aberto, proporcionando um espaço democrático de acesso às artes.
Conforme explica Marcos Apolo Muniz, Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, a iniciativa é também uma forma de integrar na temporada bovina artistas visuais que não estão atuando diretamente nas agremiações folclóricas.
“Essa concepção da cidade como uma galeria a céu aberto é muito rica e quer levar as pessoas a enxergar os espaços públicos de uma forma mais instigante: como lugares de democratização do acesso às artes. Também dá a oportunidade a artistas que não estão diretamente ligados aos projetos dos bumbás para a arena de também participar do festival”, afirma o secretário.
Na mesma direção, o curador do projeto, Diego Omar, que também é professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), destaca a importância do projeto.
“A ideia é estimular criações que tenham a ver com as identidades locais, de tal forma que a população se reconheça no que está pintado nos murais”, explica o curador.
“Neste ano, reforçamos a presença dos bumbás nos murais, sem deixar de lado as várias outras manifestações da cultura parintinense, com seus traços indígenas e caboclos e, também, com a arte que vem das periferias da cidade”, afirma Diego Omar.