Foto: ReproduçãoMIGRAÇÃO - Em Roraima, a quantidade de venezuelanos entrando no Brasil em busca de uma vida melhor aumentou 23,40% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2022 – foram 39.369 migrantes entrando por Pacaraima. Os dados são da Casa Civil.
No primeiro trimestre de 2022, foram 31.898 venezuelanos entrando pelo município. O prefeito da cidade, Juliano Torquato (Republicanos), diz que não consegue atender a todos.
“Nós temos, hoje, na rede municipal, em torno de 3,9 mil alunos, mais de 2,6 mil dos nossos alunos são estrangeiros. A capacidade do município sempre foi para 1,2 mil, 1,5 mil alunos”, diz.
Boa Vista é o principal destino dos venezuelanos. Na capital, 381 migrantes estão em situação de rua, outros 957 estão ocupando prédios abandonados. Em um posto de apoio, estão mais 900 pessoas – é para onde foi Jesús Guzman.
Ele conta que a Venezuela está "caótica”, as empresas fechando as portas e que não há trabalho. Guzman está entre os 12% que, segundo a Operação Acolhida, chegam ao Brasil sozinhos. A maioria, 88%, vem com a família.
“O que é gente tem observado, principalmente, é o momento da chegada de pessoas com maior necessidade de proteção, necessidades específicas. Então, pessoas com maior nível de vulnerabilidade, principalmente por questões de saúde e também população indígena”, diz Thais Menezes oficial de Relações Institucionais da Acnur.
Da capital de Roraima, muitos migrantes recebem apoio para moradia e trabalho em outras cidades brasileiras – a chamada “interiorização”. De abril de 2018 até maio de 2023, 105 mil venezuelanos foram encaminhados para 966 cidades, principalmente Curitiba e Manaus.
